Dólar opera em baixa, na expectativa por rumo dos juros nos EUA e com meta fiscal do Brasil no radar; Ibovespa sobe – Finanças Global On

Dólar opera em baixa, na expectativa por rumo dos juros nos EUA e com meta fiscal do Brasil no radar; Ibovespa sobe


Na última sexta-feira (17), a moeda norte-americana avançou 0,76%, cotada a R$ 4,9064. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, subiu 0,11%, aos 124.773 pontos. Mercados operam com menor volume nesta segunda
Burak The Weekender/Pexels
O dólar opera em queda nesta segunda-feira (20), dia de menor volume de negociações no mercado brasileiro por conta do Dia da Consciência Negra, que é feriado em seis estados.
Investidores estão na expectativa pela divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que acontece amanhã. A ata deve trazer uma sinalização mais clara sobre quais serão os próximos passos da instituição em relação às taxas de juros nos Estados Unidos, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano.
No Brasil, o único destaque da agenda é o tradicional Boletim Focus, relatório do Banco Central (BC) que reúne as projeções do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país. Nesta edição, os economistas reduziram a expectativa de inflação em 2023 de 4,59% para 4,55%. Também está no radar a pauta política, principalmente em relação à meta fiscal para 2024.
Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta puxada pelas ações da Vale, empresa com maior peso na composição do índice.
Veja abaixo o dia nos mercados.
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Dólar
Às 11h50, o dólar caía 0,64%, cotado a R$ 4,8752. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (17), a moeda norte-americana fechou em alta de 0,76%, vendida a R$ 4,9064. Com o resultado, passou a acumular quedas de:
0,16% na semana;
2,66% no mês;
7,04% no ano.

Ibovespa
Às 11h50, o Ibovespa subia 0,48%, aos 125.373 pontos.
No mesmo horário, as ações da Vale subiam mais de 2,60%, acompanhando a valorização do minério de ferro nos mercados internacionais.
Na sexta-feira, o índice fechou em alta de 0,11%, aos 124.773 pontos, mas chegou a atingir os 125.431 pontos ao longo do pregão. Com o resultado, passou a acumular altas de:
3,49% na semana;
10,28% no mês;
13,70% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
O dia é de agenda fraca no Brasil por conta do feriado, mas investidores continuam repercutindo as expectativas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos.
Depois de dados mais fracos de inflação na última semana, o mercado passou a dar como certo que o ciclo de alta nas taxas americanas atingiu um pico e que o Fed poderia iniciar os cortes ainda no primeiro semestre de 2024.
Essa visão agrada os investidores e beneficia os ativos de risco – inclusive o real e a bolsa brasileira – porque a rentabilidade dos títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo, estão diretamente relacionadas aos juros do Fed. Assim, com juros menores, o rendimento dos títulos também caem, aumentando o apetite por outros ativos.
Agora, o que o mercado aguarda é a divulgação da ata do Fed para saber exatamente o que foi discutido na última reunião da instituição, quando os juros foram mantido entre 5,25% e 5,50% ao ano. A esperança é que o documento deixe mais claro o que pensam os dirigentes do banco central americano.
Para além disso, a semana também é de agenda mais vazia no resto do mundo, já que quinta-feira é o feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos e os mercados não abrem.
No Brasil, o Boletim Focus mostrou a redução das estimativas da inflação para 2023, mas não trouxe outras grandes alterações.
Sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro reduziu a projeção de crescimento de 2,89% para 2,85%.
Já no cenário político, as atenções estão voltadas para as discussões sobre a meta fiscal, que o ministro da Fazenda Fernando Haddad batalha para manter em zero para o ano que vem.
Especialistas acreditam que, se o governo concordar em manter zerada a meta, deve correr com outras tramitações no Congresso Nacional para aumentar a arrecadação federal, como a taxação das apostas esportivas, por exemplo.

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