Você escolheu um navio, comprou a passagem para o itinerário que lhe interessava e optou por uma cabine confortável, mas, mesmo dado conta da parte mais complicada, entender a disposição da embarcação e como se situar em um espaço tão popular e concorrido pode ser complicado. Veja, a seguir, algumas dicas de especialistas e turistas de como se preparar para se dar bem no seu primeiro cruzeiro e evitar possíveis dores de cabeça, além de aproveitar a experiência ao máximo.
O passo inicial é se ambientar com o navio antes do embarque. Eles são imensos e diferentes um dos outros, por isso o melhor é se familiarizar com a estrutura dos deques e das opções antes de viajar. A maioria das empresas tem plantas detalhadas e vídeos no site e há até tours virtuais feitos por entusiastas na web e nas redes sociais.
Depois de fazer o check-in e encontrar sua cabine, saia em missão de reconhecimento para identificar os locais principais, como o salão de jantar, a piscina e as áreas comuns, e descobrir os cantinhos e esconderijos. “A aglomeração pode ser divertida, mas vai ter hora em que você vai querer dar uma fugida e encontrar um canto sossegado para relaxar. Tire um tempo para explorar o navio, porque não convém achar os melhores lugares no último dia”, aconselha Mandy Holden, professora aposentada da Flórida que faz uma média de cinco cruzeiros por ano.
Leve mala de mão no cruzeiro
Você despacha as malas no terminal, mas só depois de várias horas elas são entregues na cabine. “Não se esqueça de levar uma mala de mão ou sacola com os itens essenciais para esse período, como remédios, protetor solar, roupa de banho, carregador e outros objetos de uso imediato”, diz Colleen McDaniel, editora-chefe do site Cruise Critic, voltado para o setor.
Inscreva-se para as atividades com antecedência
Já que os restaurantes mais populares, as excursões em terra firme e os tratamentos no spa lotam rápido, o negócio é fazer reserva logo. Muitas empresas permitem que você se inscreva com antecedência pelo site ou pelo aplicativo, mas, se não for o caso, procure o balcão de atividades assim que embarcar.
“As produções teatrais são incríveis, de altíssima qualidade. Geralmente, a reserva antecipada é de graça, mas se já estiverem lotadas vale a pena aparecer uns 15 minutos antes do início porque sempre surge um lugar disponível”, explica Chris Thompson, londrino que há 35 anos investe nesse tipo de viagem. Ele também sugere conferir o restaurante badalado na primeira noite, quando as chances de encontrar uma mesa são maiores. “A maioria dos passageiros prefere comer no salão principal logo de cara, por isso a concorrência é menor.”
Leve a própria bebida
No navio, as bebidas são caras e podem causar um estrago no bolso. Muitas companhias oferecem pacotes all-inclusive (‘tudo incluso’, em português) de comida e bebida por um preço fixo, o que representa economia, principalmente para quem consome bebida alcoólica, mas também vale a pena levar sua cota.
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Só não se esqueça de conferir as regras da empresa, pois podem variar muito de uma para outra, e o limite do que cada pessoa pode levar. Várias oferecem aplicativos em que você pode consultar as cobranças diárias e checar os valores. As taxas e os serviços são adicionados automaticamente.
Coloque o celular em modo avião
Durante o cruzeiro, é provável que você passe por diversas redes internacionais de comunicação, e pode acabar pagando uma fortuna pelas taxas de roaming se o celular estiver baixando dados automaticamente. O melhor é mantê-lo no modo avião e se conectar com o Wi-Fi do navio se já não estiver incluído, ou se não optar por comprar um pacote, que geralmente sai entre US$ 15 (R$ 73,55, segundo a cotação atual) e US$ 40 (R$ 196,14) por dia.
Aproveite bem as paradas
Nos cruzeiros mais longos e com várias paradas, muitas vezes vale a pena ficar a bordo e aproveitar o que o navio tem a oferecer em vez de sair em excursão. Muitas empresas fazem promoções para os tratamentos do spa, os restaurantes e as atividades, além de ser uma boa oportunidade de aproveitar o espaço mais vazio.
As mudanças de itinerário são comuns em cruzeiros e podem ser feitas até na última hora. Fatores como condições climáticas, guerras e tumultos podem afetar o funcionamento dos portos de saída e de parada; com isso, a empresa pode decidir substituí-los ou esticar o tempo de parada no destino seguinte. As políticas de reembolso e cancelamento variam de uma companhia para a outra, por isso atenção com as letrinhas miúdas. E, mesmo que uma mudança de itinerário não implique devolução de valores, algumas empresas oferecem créditos como cortesia.
Para ter cobertura integral contra imprevistos, o melhor é fazer um seguro de viagem. “O cruzeiro é um investimento grande de tempo e dinheiro, por isso tem de ser protegido. Além de cobrir cancelamentos, a apólice também inclui interrupções, ocorrências médicas, atrasos e perdas; vale a pena pensar em fazer um. Se a principal questão for o itinerário, opte por um contrato com a cláusula de cancelamento por qualquer motivo para o caso de mudanças ou imprevistos cruciais”, aconselha Stewart Chiron, analista do setor de cruzeiros e CEO do site Cruise Guy.
Não seja tímido
A possibilidade de ficar no meio do mar com milhares de estranhos pode intimidar, mas é também uma excelente oportunidade de conhecer gente nova, principalmente viajantes experientes que podem dar dicas boas em tempo real.
A Cruise Critic faz as chamadas “roll calls” para os passageiros de um cruzeiro específico se reunirem e papearem antecipadamente. Muitos, inclusive, usam o recurso para formar grupos de excursões independentes, o que pode representar uma boa economia. “Só não se esqueça de que, se houver atrasos, a companhia se reserva o direito de partir sem a obrigação de esperar por ninguém. Só fará isso no caso de tours agendados com a própria empresa”, conclui McDaniel.
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