Bolsas de NY sobem após PIB forte dos EUA | Finanças – Finanças Global On

Bolsas de NY sobem após PIB forte dos EUA | Finanças

Os principais índices acionários de Nova York operam em alta nesta quinta-feira, ao passo que os rendimentos dos Treasuries recuam, enquanto os investidores avaliam a leva de indicadores econômicos dos Estados Unidos divulgados mais cedo. A surpresa veio com a primeira leitura do produto interno bruto (PIB) do quarto trimestre, que superou as estimativas, ao mesmo tempo que a inflação medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) mostrou desaceleração também no quarto trimestre.

Por volta das 13h10 (de Brasília), o Dow Jones tinha alta de 0,18%, a 37.872,93 pontos, e o S&P 500 subia 0,37%, a 4.886,22 pontos. O Nasdaq tinha alta de 0,49%, a 15.559,25 pontos.

Enquanto isso, na renda fixa, o rendimento da T-note de 2 anos recuava a 4,316%, de 4,398% no ajuste de ontem. O retorno da T-note de 10 anos caía de 4,140% a 4,181%.

Já o índice DXY, que mede a relação do dólar com uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, tinha alta de 0,33%, a 103,571 pontos.

Publicado às 10h30, o PIB dos EUA subiu 3,3% em taxa anualizada no quarto trimestre de 2023, superando o aumento de 2,0% esperado por analistas consultados pelo The Wall Street Journal. Com o resultado do quarto trimestre, o PIB real americano cresceu 2,5% em 2023 em relação ao resultado do PIB real de 2022.

Já o PCE avançou 1,7% no quarto trimestre, contra 2,9% no trimestre anterior, enquanto seu núcleo, que exclui itens considerados voláteis, aumentou 2%, ante avanço de 2,6% no terceiro trimestre.

Dessa forma, mesmo que o crescimento tenha sido robusto, a desaceleração na inflação favorece a perspectiva de que os cortes nos juros projetados pelo Federal Reserve (Fed) podem não demorar tanto para acontecer. “O resultado é que um corte nas taxas no início da primavera do hemisfério norte por parte do Fed ainda é o cenário mais provável”, escreve a Capital Economics, em relatório.

O banco holandês ING também se mostra otimista avaliando os indicadores de hoje. “É esperado que o crescimento do PIB no primeiro trimestre seja mais fraco, com base em pesquisas empresariais, mas com a segunda leitura trimestral consecutiva mostrando o núcleo [do PCE] em 2%, o Fed está perto de declarar vitória sobre a inflação”, diz o banco, em relatório.

Além do PIB e do PCE, mais cedo, também foi publicado o relatório de pedidos semanais de seguro-desemprego, que ficaram em 214 mil na semana passada, encerrada no dia 20 de janeiro, acima do esperado por analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de 199 mil. Já as vendas de moradias novas nos EUA subiram 8% em dezembro, em comparação com novembro de 2023, para uma taxa anual sazonalmente ajustada de 664 mil, abaixo da previsão de alta de 10,0%.

Outro destaque do dia foi a decisão do Banco Central Europeu (BCE), que manteve os juros inalterados, com a taxa de referência em 4%, a taxa de refinanciamento em 4,5% ao ano e a taxa de empréstimos em 4,75%. As taxas seguem inalteradas desde setembro de 2023 em níveis historicamente elevados.

Em coletiva após a decisão, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que houve um consenso entre os dirigentes presentes na reunião de hoje da autarquia de que ainda é prematuro discutir cortes nas taxas básicas de juros da zona do euro.

Para o ING, enquanto a inflação real permanecer mais próxima dos 3% do que dos 2% na zona do euro, o BCE não analisará a possibilidade de cortes nas taxas. “Seria necessária uma recessão severa ou uma queda acentuada nas previsões de inflação a longo prazo para claramente abaixo de 2% para ver um corte nas taxas nos próximos meses”, diz o ING. Assim, os economistas do banco acreditam que não ocorrerá nenhum corte nas taxas antes de junho.

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