Playcenter deve virar “Fantástica Fábrica de Chocolate”, diz Alê Costa – Finanças Global On

Playcenter deve virar “Fantástica Fábrica de Chocolate”, diz Alê Costa

Por que um parque de diversões?

É uma conjunção de fatores. Nosso propósito é viver para juntos tocar a vida das pessoas, criando momentos memoráveis. Parque tem tudo a ver com isso, é a mesma coisa que o chocolate que um pai compra para o filho, para a esposa — é um instrumento de criar memórias afetivas, é um instrumento de conectar pessoas. É o que a gente faz da vida. Então, a gente está muito além de misturar açúcar com cacau e leite, né? Aliás, a gente misturou cacau com leite e pouco de açúcar, somos a empresa que tem o menor índice de açúcar no mercado hoje dentro do chocolate. Então, o negócio do parque foi meio óbvio para a gente, porque a gente saiu da loja de 25 metros, 50, 100, 200, e temos uma de 3 mil aqui [na fábrica em Itapevi] com carrossel, depois com uma montanha russa. A gente está vendo que o cliente quer ficar mais na loja. A gente está sendo multado pela CCR porque a gente está parando a estrada aos domingos, a gente está recebendo 7 mil pessoas por dia dia aqui na nossa loja. Cacau Show é a expressão de uma visão de mundo. E parque é natural, lugar de você criar experiência afetiva, lugar de contar história. Nós temos duas histórias incríveis. Nós temos a história do chocolate, que foi tema de carnaval da Rosas de Ouro em 2010; eu escrevi um livro sobre isso. Cacau é show, né? Então, assim, a gente tem histórias maias, astecas, e temos a história do menino de 17 anos que veio da periferia da Zona Norte de São Paulo com US$ 500 dólares e construiu a maior empresa de número de lojas de chocolate do mundo, a maior rede de franquias do Brasil.

Neste processo de expansão de negócios da Cacau Show, que foi para hotelaria, agora para o parque, como você, homem de negócios, se adapta às diferentes formas de administração?

Eu não sou um homem de negócios. É muito interessante isso: eu sou um homem do negócio. Então, veja que tudo aqui tem a ver com cacau e chocolate. O hotel [de Campos do Jordão] é de chocolate, não é hotel normal. O parque será de chocolate. Tudo tem esse tema. A gente acabou de comemorar 20 anos da assinatura do primeiro contrato de franquia. Inclusive, nossa primeira franqueada que assinou o contrato estava aqui com a gente hoje. A gente é cacau e é show. É muito louco porque são duas coisas muito distintas mas que se conversam. Quer dizer, como a gente faz o consumidor ficar feliz? E é por isso que a gente virou a empresa que a gente é, pela qualidade do produto e pela experiência do consumidor, seja com a qualidade, com o sabor, com a textura; seja com a loja, com o hotel, com o nosso serviço. Então, nesse sentido, o parque é serviço, como o hotel é serviço, com um tema que a gente já conhece bem. Tudo ligado ao tema chocolate, cacau, então, para nós, está sendo super natural. Não quero chamar de transição porque não é uma transição, é uma evolução da experiência. Enquanto numa loja normal o cliente fica sete minutos, aqui na megastore fica duas horas. Quem sabe amanhã, num parque, vai ficar 10 horas, já que no hotel fica 48 horas? E a gente tem mais tempo para contar a história, mais tempo para disseminar os nossos valores.

A operação depende da aprovação do Cade, mas há algum tipo de previsão de quando o parque deve sair do papel?

Ainda não, porque o Cade nos diz quando que as operações se fundem. Ter um parque de grande superfície outdoor é mais do que o Cade, depende de governo, depende de legislação, de uma série de vontades. Então, isso é para o segundo semestre. A gente quer fazer algo grandioso. Nós fazemos mil lojas de chocolates em um ano. Como fizemos em 2022, nós somos animados, acordados por dentro. Quanto mais a pessoas me perguntam qual é meu grande sonho, meu grande sonho não é ter bilhões, meu grande sonho é ter 100 mil pessoas que trabalhem defendendo as nossas crenças todos os dias.

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