IGP-10 registra baixa de 0,33% em abril | Brasil – Finanças Global On

IGP-10 registra baixa de 0,33% em abril | Brasil

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), caiu 0,33% em abril. No mês anterior, houve recuo de 0,17%. Com o resultado mais recente, o índice acumula queda de 0,73% no ano e de 3,81% em 12 meses. Em abril de 2023, o índice cedeu 0,58% no mês e acumulava baixa de 1,90% em 12 meses.

“Embora algumas commodities significativas no índice ao produtor, como a soja, estejam experimentando um aumento de preços, um amplo conjunto de outras commodities, incluindo minério de ferro, feijão e milho, apresenta uma tendência de queda. Essa divergência contribui para que o IPA e o IGP continuem a registrar quedas em suas taxas de variação. Contudo, novas incertezas nos cenários doméstico e internacional poderiam reverter essa tendência de desaceleração, especialmente com um possível aumento nos preços dos combustíveis, afetando tanto o índice ao produtor quanto ao consumidor”, diz André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre e responsável pelo indicador.

Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) cedeu 0,56% em abril, intensificando o movimento quando comparado à taxa registrada no mês anterior, de decréscimo de 0,40%.

Analisando os estágios de processamento mais detalhadamente, a FGV observa que os preços dos Bens Finais deixaram alta de 0,49% em março para diminuição de 0,36% em abril.

Por outro lado, o índice relativo a Bens Finais “ex”, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, apresentou uma queda de 0,28% em abril, um decréscimo maior do que aquele observado um mês antes, de 0,10%.

“Em abril, houve uma notável mudança no grupo de Bens Intermediários, cuja taxa passou de 0,07% em março para um aumento considerável de 0,71% um mês depois. Essa alta foi primordialmente impulsionada pela recuperação nos preços do subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, que viu sua taxa passar de -0,29% para um crescimento de 0,94%”, diz o FGV Ibre.

O índice de Bens Intermediários “ex”, que exclui o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou uma alta de 0,63% em abril, em relação à redução de 0,02% vista no mês anterior.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de recuo de 1,85% em março para decréscimo de 2,23% em abril. As principais contribuições para a taxa mais negativa do grupo partiram dos seguintes itens: minério de ferro (-6,51% para -14,46%), algodão em caroço (7,25% para -1,02%) e cana-de-açúcar (0,09% para -0,97%). Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: soja em grão (-4,92% para 5,18%), mandioca/aipim (-2,41% para 7,22%) e cacau (12,14% para 45,92%).

Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) subiu 0,21% em abril. Em março, o índice havia avançado 0,48%.

Das oito classes de despesa componentes do índice, tiveram alta menos marcada Transportes (0,87% para 0,19%), Despesas Diversas (1,38% para 0,19%), Alimentação (0,88% para 0,73%), Vestuário (0,08% para 0,05%) e Habitação (0,55% para 0,54%). Comunicação mudou de rumo (0,31% para -0,21%) e Educação, Leitura e Recreação acentuaram o ritmo de queda (-1,49% para -1,72%).

As principais contribuições partiram respectivamente dos itens: gasolina (2,69% para -0,07%), serviços bancários (2,30% para 0,34%), arroz e feijão (2,78% para -0,54%), serviços do vestuário (0,00% para -1,58%) e aluguel residencial (3,78% para 2,07%), além de combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,37% para -0,66%) e passagem aérea (-8,57% para -10,60%).

Em contrapartida, apenas o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,47% para 0,49%) apresentou avanço em sua taxa de variação. Nessa classe de despesa, a FGV destaca o item medicamentos em geral (0,14% para 1,16%), movimento esperado após anúncio do reajuste anual pelo governo.

Por fim, com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) aumentou 0,33%, após a taxa de 0,27% observada no mês anterior.

“Analisando os componentes do INCC, observamos movimentações distintas entre os grupos. Materiais e Equipamentos apresentaram alta menos significativa, passando de crescimento de 0,34% em março para 0,19% em abril. Por outro lado, Serviços, que haviam recuado 0,01% em março, apresentou um aumento de 0,40% em abril. Já a Mão de Obra obteve aumento considerável, passando de 0,21% em março para 0,50% em abril.”

 — Foto: Anna Shvets/Pexels
— Foto: Anna Shvets/Pexels

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