Cielo tem lucro de R$ 456,7 mi no 3º tri, queda de 6% no trimestre e alta de 8,3% em 12 meses | Finanças – Finanças Global On

Cielo tem lucro de R$ 456,7 mi no 3º tri, queda de 6% no trimestre e alta de 8,3% em 12 meses | Finanças

A Cielo informou que teve lucro líquido recorrente de R$ 456,7 milhões no terceiro trimestre, com queda de 6% em relação ao trimestre anterior e alta de 8,3% na comparação com igual período do ano passado. Segundo a companhia, trata-se do nono trimestre consecutivo de crescimento anual do lucro e o maior resultado para um terceiro trimestre desde 2018.

A receita operacional líquida foi de R$ 2,619 bilhões, com queda de 0,9% no trimestre e baixa 0,7% em um ano. Já a receita com antecipação de recebíveis atingiu R$ 442 milhões, um novo recorde, com alta de 17% no trimestre e de 59,2% em um ano.

O volume financeiro (TPV) foi de R$ 197,462 bilhões, com alta de 0,8% no trimestre e queda de 10,8% em um ano. Em cartão de crédito o volume foi de R$ 120,198 bilhões, com baixa de 0,5% em três meses e 8,4% em um ano. Já em cartão de débito, atingiu R$ 77,264 bilhões, com alta de 3,1% e baixa de 14,3%, na mesma base de comparação.

A base de clientes da Cielo ficou em 919 mil no terceiro trimestre, com queda de 4,1% no trimestre e 15,9% em um ano.

Segundo a companhia, o resultado no período reflete a menor volumetria observada na unidade Cielo Brasil. Além disso, houve redução da penetração da antecipação automática dos segmentos varejo e empreendedores, que foi parcialmente compensada pelo crescimento das operações de antecipação de recebíveis com esse segmento de clientes, o que beneficiou o resultado financeiro. “A queda [no Ebitda] observada em relação ao segundo trimestre refere-se principalmente a efeito base, dado que, naquele período, o Ebitda se beneficiou de movimentação de provisões relacionadas ao ISS Municipalidade”.

No trimestre passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o pagamento de ISS deve ser realizado na sede do prestador de serviços. Isso permitiu que fossem revertidas provisões para riscos anteriormente registradas para Cielo e sua subsidiária Cateno, com impacto líquido positivo de R$ 222,5 milhões.

A Cateno registrou lucro recorrente de R$ 268 milhões, o segundo maior da sua história e com alta de 0,8% no trimestre e 10,2% em um ano.

No geral, a “take rate” (taxa cobrada em cada transação) caiu para 0,79% no terceiro trimestre, ante 0,83% no segundo trimestre e 0,73% um ano antes. “No comparativo com o trimestre anterior houve queda no yield, refletindo principalmente a renovação da base de clientes do segmento de varejo e empreendedores, efeito que é potencializado pelo foco da companhia em aumentar o porte médio de varejistas dentro desse segmento”.

O saldo alocado em produtos de prazo ao fim do trimestre alcançou R$ 20,2 bilhões, um crescimento de 22,3% comparado ao mesmo período do ano anterior. Desse total, R$ 8,4 bilhões estão no produto Receba Rápido e R$ 11,7 bilhões na antecipação de recebíveis. Nessa segunda linha, a taxa média cobrada foi de 132% do CDI no trimestre.

Já os custos dos serviços prestados normalizados da Cielo atingiram R$ 337,6 milhões, com queda de 14,5% no trimestre e 14,7% em um ano. As despesas operacionais somaram R$ 428,0 milhões, com expansões de 10,9% e 31,9%, na mesma base de comparação. “As despesas operacionais registraram crescimento de 31,9% sobre o terceiro trimestre do ano passado, refletindo, principalmente, o momento de maiores investimentos da companhia – com reflexos principalmente em despesas de pessoal e marketing – e o comportamento das outras despesas operacionais”.

A Cielo diz que seu NPS (métrica de satisfação dos usuários) cresceu 14 pontos de julho de 2022 a julho de 2023, resultado de melhorias disseminadas em indicadores operacionais e de atendimento.

 — Foto: Divulgação
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