O S&P 500 atingiu novo recorde de fechamento nesta sexta-feira (9), sendo negociado acima de 5 mil pontos pela primeira vez, com investidores à espera de um “pouso suave” da resiliente economia americana e de olho nos resultados positivos das companhias no último trimestre de 2023, principalmente as gigantes de tecnologia. Agentes analisaram ainda a revisão dos números de inflação de dezembro dos Estados Unidos.
No fim do dia, S&P 500 registrou alta de 0,56%, aos 5.025,86 pontos e o Nasdaq avançou 1,25%, aos 15.990,66 pontos. Na contramão de seus pares, o índice Dow Jones caiu 0,14%, aos 38.671,69 pontos. No acumulado da semana, Dow Jones subiu 0,04%; S&P 500 avançou 1,37% e Nasdaq teve alta de 2,31%.
Microsoft, com alta de 1,59%, e Nvidia, acumulando ganhos de 3,58%, impulsionaram a alta do dia, enquanto Caterpillar (-1,59%) e Chevron (-1,97%) pressionaram o Dow Jones.
“Os investidores estão olhando para além da pausa no “pivô” Fed e concentrando-se em dados econômicos e lucros melhores do que o previsto”, escrevem analistas da LPL Financial. “A temporada de resultados passou de confusa a sólida agora que quase 60% dos constituintes do S&P 500 reportaram. Depois de um início morno, a surpresa dos lucros médios aumentou para quase 4%, subindo 1,3 pontos apenas esta semana.”
Segundo dados da LPL Research, os lucros do S&P 500 crescerão cerca de 5% na temporada, apoiados pela resiliência contínua da economia americana e com uma pequena ajuda de ajustes cambiais. A casa cita ainda uma pesquisa recente da Associação Americana de Investidores Individuais (AAII), que mostra que quase 50% dos investidores estão otimistas com o mercado, enquanto neutros e pessimistas dos investidores representam 28% e 22%, respectivamente.
Nathan Peterson, da Schwab, concorda com as premissas otimistas e nota que a tese de crescimento secular da inteligência artificial está a ser validada através dos lucros das empresas do setor. Mas nota que, após altas consecutivas, o mercado parece sobrecomprado no curto prazo. Sendo assim, e com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, da sigla em inglês) de janeiro na terça-feira, espera que as bolsas apresentem mais volatilidade nos próximos pregões.
Já a revisão do CPI de dezembro, nesta sexta, foi de ajuste mínimo e desapontou por não repetir o mesmo impacto do resultado do ano passado, o que não influenciou muito os mercados. Segundo o Departamento de Trabalho dos EUA, o CPI de dezembro foi revisado para 0,2% ante 0,3% anteriormente. Já o CPI do quarto trimestre permaneceu inalterado a 3,3%. Já o núcleo do CPI ficou inalterado em 0,3%, assim como o CPI do quarto trimestre, em a 3,3%.