O FitBank, fintech de tecnologia para o mercado financeiro, está colocando de pé sua expansão internacional. No fim do ano passado obteve a primeira receita no México e nas próximas semanas deve anunciar a entrada oficial na Guatemala. A expectativa é que no médio prazo, dentro de cinco anos, o mercado externo já represente 50% da receita do grupo.
O FitBank celebrou uma aliança junto ao grupo financeiro Actinver em junho de 2023, oferecendo no México todas as soluções de que já dispõe no Brasil. A primeira operação foi em agosto e o faturamento começou em novembro. A Actinver é a quinta maior empresa de operação de fundos de investimento do México. Oferece gestão de patrimônio para pessoas físicas e serviços bancários corporativos e de investimentos para empresas de grande e médio porte.
Na Guatemala, o FitBank já fechou parceria com um grande grupo comercial, mas ainda não revela o nome. Na operação local, eles constituíram uma joint-venture em que cada um tem uma fatia de 50%. Além disso, esse grupo fez um aporte na holding do FitBank, entrando como um investidor estratégico, com uma posição minoritária. Eles não abrem o “valuation, comentando apenas que foi superior ao da rodada anterior, e que ainda não atingiram o status de “unicórnio”, como são chamadas as startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão.
“Estamos em franca expansão no México, e na Guatemala estamos prestes a fazer o lançamento oficial”, diz o diretor de expansão do FitBank, Herbert Moller. Na Guatemala, a fintech não precisa de nenhuma licença, enquanto no México, por enquanto está utilizando as licenças do parceiro. “Talvez em algum momento a gente comece a pensar se faz sentido ter uma licença própria, mas deve levar um tempo ainda. Lá é um processo longo, que demora uns três anos”, acrescenta.
Em 2023 o FitBank teve receita de R$ 102 milhões. O cálculo do lucro ainda não foi finalizado, mas deve ficar próximo de R$ 18 milhões. Para este ano, a meta é elevar o faturamento em 80%. “Eu, particularmente, acho que dá para chegar até mais longe, talvez bater R$ 200 milhões de receita, mas vai depender da dinâmica ao longo do ano”, diz Otavio Farah, sócio fundador e CEO do FitBank.
A companhia atingiu o “breakeven” (ponto de equilíbrio entre receitas e despesas) em março de 2023, após fazer uma pausa nas contratações para diminuir a queima de caixa. Para este ano, Farah acredita que o time — atualmente com 600 pessoas, sendo 500 de TI — aumente entre 15% e 20%. Hoje a companhia divide suas atividades em quatro verticais: banking as a service (onde entram também os serviços de Pix, por exemplo); soluções para mercado de capitais; câmbio; e a subsidiária EasyCrédito, adquirida em maio de 2022.