Azul divulga balanço não auditado do quarto trimestre | Empresas – Finanças Global On

Azul divulga balanço não auditado do quarto trimestre | Empresas

A Azul divulgou nesta quinta-feira uma versão não auditada dos números do ano e do quarto trimestre de 2023. Segundo a empresa, o trabalho dos auditores independentes não havia sido concluído até a data de divulgação.

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Por esse balanço, a companhia aérea fechou o quarto trimestre com um lucro de R$ 403,3 milhões, alta de 75% na comparação com o registrado em igual período de 2022. Ajustado por favores como impactos cambiais, porém, o resultado do período foi um prejuízo líquido de R$ 270,6 milhões – uma queda nas perdas de 56%. A melhora reflete a continuidade da boa demanda, que trouxe recordes em indicadores como a receita e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) no trimestre.

A companhia diz que a “data de apresentação das demonstrações financeiras auditadas e do relatório do auditor independente relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2023 será atualizada o mais breve possível”, mas adianta não esperar ajustes ou alterações nas informações divulgadas. “Contudo, caso sejam necessários ajustes, a companhia manterá o mercado devidamente informado.”

A Azul fechou o trimestre com uma receita líquida de R$ 5 bilhões, alta de 13% na comparação anual e recorde. Segundo a empresa, o resultado veio com o aumento robusto na receita de passageiros, de 13%. A receita de carga e outros atingiu recorde histórico de R$ 365,1 milhões, um aumento de 10% em comparação com o mesmo período de 2022.

No trimestre, a empresa transportou 7,2 milhões de passageiros, alta de 3,6% na comparação anual. No acumulado de 2023, foram 29,3 milhões, alta de 6,5%.

O Ebitda do trimestre aumentou 34% para R$ 1,5 bilhão, representando uma margem de 29,2%. No acumulado do ano, o Ebitda aumentou 61%, atingindo R$ 5,2 bilhões e uma margem de 27,9%. Os indicadores são recordes tanto para o trimestre quanto para o ano.

O tráfego de passageiros aumentou 9,1% no trimestre, enquanto a oferta subiu 6,5%. A taxa de ocupação foi de 80%, 1,9 ponto percentual acima do quarto trimestre de 2022.

A Azul encerrou o trimestre com liquidez total de R$ 6,1 bilhões, incluindo investimentos e recebíveis de longo prazo, depósitos de segurança e reservas de manutenção. A liquidez imediata em 31 de dezembro de 2023 era de R$ 3 bilhões, 19% maior em comparação com o quarto trimestre de 2022 e representando 16% da receita dos últimos doze meses.

A empresa fechou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 19,367 bilhões, alta de 5% no ano, mas queda de 1% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

A Azul registrou uma alta na taxa que mede o preço pago pelo passageiro para voar um quilômetro de 3,8% no quarto trimestre, para R$ 0,5251. O tráfego de passageiros aumentou 9,1% na comparação anual, enquanto a oferta subiu 6,5%.

A receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos bateu recorde de R$ 0,4530, aumento de 6,1% em relação ao quarto trimestre de 2022.

O custo por assento ofertado no trimestre foi de R$ 0,3735, uma redução de 0,9% no ano. Segundo a empresa, a queda veio sobretudo pela queda de 17,3% nos preços dos combustíveis no período. O custo por assento ofertado excluindo o combustível aumentou 14,7%, para R$ 0,2372, como reflexo de investimentos da empresa para crescer o negócio em 2024.

A empresa fechou o trimestre com uma frota operacional de 183 aeronaves, alta de seis aeronaves na comparação anual. A idade média da frota da empresa é de 7,4 anos, excluindo as Cessna.

A Azul terminou o trimestre com aproximadamente 82% de sua capacidade proveniente de aeronaves de nova geração.

A Azul atualizou as perspectivas para 2024 e agora espera um Ebitda neste ano de R$ 6,5 bilhões, alta de R$ 200 milhões a projeção anterior. Em 2023, a empresa teve um Ebitda de R$ 5,2 bilhões.

A atualização, segundo a empresa, vem diante do “ambiente robusto de demanda nos mercados doméstico e internacional e da evolução positiva dos preços dos combustíveis, juntamente com o crescimento esperado da capacidade e um maior número de aeronaves com baixo consumo de combustível entrando na frota”, disse.

A empresa divulgou ainda esperar um aumento de 11% na oferta de assentos na comparação com o realizado em 2023. “O crescimento esperado é impulsionado principalmente pela continuação do forte ambiente de demanda e da implementação de nossa estratégia de transformação de frota”, disse.

 — Foto: Bloomberg
— Foto: Bloomberg

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