O bitcoin (BTC) opera em queda no último dia de janeiro depois de se aproximar dos US$ 44 mil na véspera. No acumulado do mês, a maior das criptomoedas registra leve valorização de 0,99%. No radar, o fluxo de saques do fundo negociado em bolsa (ETF) GBTC, da Grayscale, após vários dias em queda, voltou a subir. Foi registrado um volume de retiradas de US$ 221 milhões, contra US$ 192 milhões no dia anterior.
Já no noticiário cripto, o Ethereum completou sua atualização Dencun na sua segunda rede de testes, a Sepolia. Agora, o update que implementará o método de proto-danksharding para ajudar a escalar a rede e baratear os custos para fazer transações nas segundas camadas do blockchain só precisa passar pela testnet Holesky antes de ser implementado no protocolo principal.
Também no radar, a criptomoeda jupiter (JUP) é lançada hoje no blockchain da Solana. O token é a moeda nativa do agregador de transações Jupiter, que terá oferta inicial de 1,35 bilhão de unidades, e 1 bilhão destas serão enviadas como remuneração via airdrop a quem ajudou a testar o projeto nos últimos meses.
Perto das 9h51 (horário de Brasília) o bitcoin cai 1,6% em 24 horas, cotado a US$ 42.624 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, tem leves perdas de 0,2% a US$ 2.301, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 1,72 trilhão. Em reais, o bitcoin registra desvalorização de 1,34% a R$ 212.564, enquanto o ether avança 0,4% a R$ 11.489, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), o BNB, token da Binance Smart Chain, apresenta queda de 2,1% a US$ 303,02, a solana (SOL) recua 4,7% a US$ 99,49 e a avalanche (AVAX) tem baixa de 4,6% a US$ 34,59.
Para Fernando Pereira, analista da Bitget, a alta de 10% do bitcoin desde a semana passada não mudou o sentimento de baixa que tomou conta do mercado desde o início das operações dos ETFs. “O BTC parece estar apenas dando um respiro para em breve voltar para baixo de US$ 40 mil”, afirma.
Já André Franco, head de análise do MB, destaca que os analistas da Rekt Capital consideram que o momento atual pode ser a “última chance de comprar bitcoin barato”. “O analista observou que, seguindo o padrão de eventos anteriores, o bitcoin já sofreu uma desvalorização de cerca de 18% em janeiro, e agora entra em uma fase crítica de duas semanas, na qual mais um recuo nos preços é esperado e, após este período, a previsão é de que o bitcoin entre em uma fase de pré-rali, aproximadamente 60 dias antes do halving [evento programado no qual a recompensa aos mineradores por encontrarem novos blocos do Bitcoin cai pela metade]”, conta.