A cidade do Rio de Janeiro completa 459 anos nesta sexta-feira (1º), data que costuma gerar confusão entre os cariocas. Isso porque o Rio celebra dois aniversários: no dia 20 de janeiro, comemora-se o dia de São Sebastião, padroeiro do município. Já o dia 1º de março marca o dia da fundação do Rio, que ocorreu em 1565.
Apesar de ser a data oficial de origem da cidade, o dia 1º de março não é considerado um feriado municipal.
Para além dos eventos históricos que, em parte, explicam a confusão entre as duas datas, os motivos por trás da definição de feriados passam também pela legislação brasileira, que determina um número específico de feriados em âmbito municipal.
A seguir, entenda a história que marca as duas datas e por que o dia 1º de março não é feriado no Rio de Janeiro.
Quando é comemorado o aniversário da cidade do Rio?
O dia 1º de março de 1565 marca a origem da cidade do Rio de Janeiro, data em que é celebrado o aniversário de fundação da capital fluminense – e que, posteriormente, viria a ser a capital do Brasil até a construção de Brasília.
Naquele ano, Portugal organizou uma expedição para expulsar uma colônia da França que havia se instalado em uma ilha na região hoje conhecida como Baía de Guanabara. O objetivo dos portugueses era fundar uma cidade fortificada para impedir novas invasões.
A retomada das terras cariocas foi coordenada por Estácio de Sá, sobrinho do governador-geral, Mem de Sá. Estácio desembarcou entre o Morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar no dia 28 de fevereiro com navios e soldados, iniciando um conflito conhecido como Batalha das Canoas.
No dia seguinte, 1º de março, o líder da expedição fundou oficialmente a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro – santo a quem se presta homenagem em 20 de janeiro. A reconquista dos portugueses foi registrada em cartas do jesuíta José de Anchieta.
O nome da cidade também era uma homenagem ao rei de Portugal Dom Sebastião (1554-1578), que foi coroado aos três anos em Lisboa e assumiu o trono aos 14 anos. O rei desapareceu na Batalha de Alcácer-Quibir, na África, em meio a uma campanha militar no Marrocos – o que deu origem à corrente chamada “Sebastianismo” e criou uma aura mística em torno da figura do monarca.